9º Festival de Carne de Onça de Curitiba
A capital paranaense se prepara para mais uma edição do Festival de Carne de Onça de Curitiba. Realizado pela plataforma Curitiba Honesta desde 2014, o festival é responsável por popularizar e valorizar esse prato típico, que conquistou reconhecimento local e nacional. O evento tem um papel fundamental na história da gastronomia curitibana. Foi graças a ele que a carne de onça ganhou maior visibilidade, sendo declarada Patrimônio Cultural Imaterial de Curitiba em 2016. O prestígio se ampliou ainda mais em 2025, quando o prato foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural do Paraná. Recentemente, o sabor tradicional também passou a ostentar o selo de Indicação Geográfica (IG) de Curitiba, concedido pelo INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, fortalecendo sua identidade como símbolo da cidade. Sobre o prato: A carne de onça é presença garantida nos bares de Curitiba desde os anos 1930/40. A receita clássica leva uma fatia de broa de centeio coberta com carne bovina magra moída na hora, temperada com cebola branca, cebolinha, sal, pimenta-do-reino e azeite de oliva. Sua origem está diretamente ligada à história do futebol paranaense. Segundo Sérgio Medeiros, diretor da Curitiba Honesta e presidente da Associação dos Amigos da Onça, o prato nasceu no bar Toca do Tatu, de Cristiano Schmidt, que era diretor do antigo time Britânia. Após as vitórias da equipe, os jogadores eram servidos com carne crua sobre broa, cebola e temperos. Um dia, o goleiro Duia brincou: “Você só serve essa carne aí, que nem onça come”. O comentário deu nome ao petisco, que rapidamente caiu no gosto dos clientes e, em pouco tempo, ganhou espaço nos bares da cidade. De lá para cá, a carne de onça se consolidou como um dos maiores ícones da gastronomia curitibana, celebrada agora em grande estilo no 9º Festival de Carne de Onça.